terça-feira, 26 de junho de 2018

A Dança do Ventre e a Gestação


A Beleza da Maternidade

             
             A mulher grávida, mitologicamente é considerada como estando na "fase da lua cheia". Dentre as deusas do panteão grego se assemelha a Deméter, a deusa da semeadura e da fertilidade associada ao aspecto da "Grande Mãe". Dotada de grande beleza, está sempre com o seu ventre cheio e seus seios são fartos e doadores... não há quem não se apaixone por ela!

              Languida, quente e afetiva... assim caminha uma mulher na Lua Cheia!

            É nesse estado que ela pode literalmente saber com mais consciência o que é dançar com o seu ventre, pois suas formas mudam a cada dia. Seu centro de gravidade e seu eixo se modificam abrindo-se à novas percepções. Seu corpo descobre outro peso, outra textura e outra forma de se mover no mundo. 

            Porém, muitas de nós mulheres desconhecemos o caminho da dança interna, principalmente pela vida atual mais sedentária e estressante.
            A prática da Dança do Ventre se apresenta como um maravilhoso instrumento para auxiliar a mulher também nesse período. Reconectando-se com a maternidade autêntica e promovendo muitos benefícios, tanto na concepção, como na gestação, no parto e pós parto. 

            A Dança do Ventre é cíclica e para cada fase da mulher é aplicada de uma determinada maneira. É a atividade física mais indicada para as mulheres que desejam engravidar, para as que já estão gestando e também após o parto. Ou ainda, para mulheres que queiram manter sua saúde feminina e beleza. Já que ativa o sistema glandular, relaxa, tonifica o assoalho pélvico, fortalece a musculatura, alonga, melhora a circulação sanguínea, libera toxinas. Além de melhorar o contato afetivo consigo e com o outro, traz beleza e prazer de viver!

           Para as gestantes a Dança do Ventre deve ser abordada de forma suave, sem tensões e com baixo impacto. É muito importante ter consciência da respiração e saber relaxar. Esse estado de tranquilidade  - que os movimentos da dança juntamente com a música oriental proporcionam - refletem diretamente no bebê, proporcionando à ele desde o ventre da mãe, a desafiante lição de estar no seu centro. 
         Já os exercícios fluidos e circulatórios, além de aliviarem os gases e sensações de desconforto, promovem mais sensação de prazer, massageiam o bebê e melhoram a circulação sanguínea, auxiliando na distribuição de nutrientes para ele.  

           Após o parto, a Dança do Ventre pode auxiliar muito na organização dos órgãos internos. Tonificando e oxigenando novamente a musculatura para que eles retornem ao lugar, além de refazer a percepção e a auto imagem corporal. 

          Por fim, a mulher e o bebê estando saudáveis, podem iniciar a prática da Dnça do Ventre com a orientação do médico à partir do quarto mês. Durante a prática é muito importante manter-se hidratada com água, sucos e frutas, e assim, ambos poderão desfrutar desse belo momento feminino com harmonia e tranquilidade!


            O Nuaar tem aula de Dança do Ventre  para gestantes! Marque uma aula experimental.






domingo, 17 de junho de 2018

Deixe a beleza de amar ser...

Trecho do Espetáculo do Nuaar no Festival de Inverno de Atibaia 2016.
Bailarina Daniela Grecco. Direção geral: Claudia Parolin


sábado, 16 de junho de 2018

O Nuaar

Nuaar, cujo significado é “Luz do Conhecimento” em árabe, dedica-se a trilhar o caminho da sacerdotisa onde, através da arte da dança oriental, da expressividade e do auto conhecimento a dançarina(o) reconhece seus ciclos, ritmos e melodias dialogando com a sua potência original, promovendo auto conhecimento e desafios. Todos esses elementos aliados a técnica proporcionam a dançarina(o) expressar-se artisticamente em apresentações. Sempre reunindo pessoas, em especial mulheres que se encantem por toda arte da Dança.
Nasceu em meados dos anos 90 numa parceria muito interessante entre a bailarina Claudia Parolin e o músico William Bordokan em São Paulo. Este espaço reunia vários artístas amantes da cultura árabe, dentre eles: Sami Bordokan, Cristina Antoniadis, Claudio Kairouz, e muitos amigos, Márcia Dib, Fádua Chuffi e uma infinidade de alunas maravilhosas que , vinham beber dessa fonte e trocar saberes.
Atualmente é dirigido por Claudia Parolin na cidade de Atibaia, onde o núcleo está desde 2008 e conta com a maravilhosa coordenação de Valéria Capeto.

Para o alcance da Potência Original, o ensino visa a expressividade, a consciência corporal, a filosofia, a música, a sensibilização e o lúdico, unindo o corpo à alma.


O núcleo conta com os seguimentos: LUA, danças femininas do oriente (dança do ventre e danças culturais e ritualísticas femininas),Aprimoramento para Profissionais, Meditação (Giro Sufi), Estudo da Psique Feminina (A Deusa Interior), Cia de Dança além das oficinas itinerantes.
Por isso as aulas são dirigidas tanto a iniciantes e à mulheres que desejam encontrar seus próprios ritmos - em uma atividade de leveza, alegria e prazer do feminino (e sem o compromisso da apresentação); quanto ao aperfeiçoamento de professoras e de alunas que desejam se tornar profissionais, decifrando as técnicas e os mistérios da Dança Oriental!

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Porque dançar pode ser o melhor remédio para a depressão?


              Todos nós lemos e acompanhamos as descobertas científicas que a medicina e a ciência nos proporcionam, estudos sobre os hormônios da felicidade, sobre o funcionamento do nosso cérebro e por fim coisas fantásticas que chegam até nós e que nos fazem ter esperança de que nossa vida mudará.

           Bem, não é sobre isso que venho falar a vocês, pois esse é um campo desconhecido para mim, eu apenas como muitos de vocês abro a minha curiosidade para obter algum conhecimento e algumas respostas sobre quem realmente sou! 

        Nestes meus muitos anos ministrando aulas de dança, percebo que em geral as mulheres, pois esse é o público com quem trabalho, se sentem acolhidas pela dança como se cada gesto, cada movimento as embalassem! 


         Muitas chegam a aula com questões profundas, tristezas, perdas e naquele instante em que estão dançando, simplesmente não pensam em nada e estão apenas com suas ancas a balançar! O fato é que ali acontece uma conexão profunda com a essência de cada uma, que eu gosto de chamar de: "A Fonte das Mulheres", onde todos os anseios e respostas parecem jorrar dessa fonte para àquelas que se permitem estarem com suas ancas sem julgar ou pensar, apenas estar. 

                 Para mim a depressão tem muitas causas, e para cada ser é necessário olhar todo o contexto que o envolve, pois para cada um será um tipo de "remédio", não há receita pronta. Este remédio não necessariamente terá que ser um comprimido, um composto químico, pode ser afeto apenas ou pode conter isso e vários outros elementos, como disse, depende do contexto de cada um e seu tratamento e cuidado é único. 


            Porém me aproprio em dizer que muitas mulheres sofrem de "saudade de si mesmas", são tantos afazeres, tantos papéis, que o si mesma fica escondido no porão. Acredito que a arte seja uma ferramenta eficiente para resgatar dons que ficaram perdidos no porão escuro e que nem lembramos mais que também somos esses dons.

                E dançar é uma dessas ferramentas maravilhosas que nos fazem ficar mais perto da nossa alma!!!

terça-feira, 3 de abril de 2012

Desvelando o Hárem


(Um texto interessante, viabilizado por Gisele Bomentre - www.giselebomentre.com.br )Visto pelo Ocidente,o harém é uma gaiola dourada com mulheres encobertas e misteriosas um jardim proibido, (Harém=Proibido) que esconde dos profanos as suas delícias.

              Logo vem à mente, delicadas odaliscas a espera do seu sultão em dias passando sempre iguais, aspirando voluptuosas tragadas de fumo de um narguilé.

              Esta fantasia não é apenas cultivada no Ocidente, hoje mesmo quem vive em Istambul imagina a vida no palácio como um conto das mil e uma noites habitado por tantas shehrazads todas elas se parecendo com odaliscas de Ingres.

              Não se sentiam prisioneiras antes, como não se sentiriam livres agora. O Harém não era um cárcere, mas um universo paralelo,com suas regras e seus equilíbrios ,onde deixar entrar um homem qualquer, exceções feitas às crianças, eunucos e alguns parentes íntimos, era uma violação imperdoável. 


             A ala proibida do palácio escondia um sistema aceito e perfeito, que palpitava ao redor das mulheres, mulheres fortes, que suportavam o destino do mundo permanecendo sempre um passo atrás. A beleza nada valia no Harém, era necessário ser inteligente, tão inteligente a ponto de não perceberes que o eras. Não era essencial a beleza da mulher, mas sua cultura, de companhia agradável, capaz de entreter o sultão com os prazeres da conversação, depois dos da carne.


             Por essa razão passavam o dia todo estudando e trabalhando, tocando e recitando as orações do Corão; somente assim até mesmo a última das escravas podia tornar-se a Kadin, a favorita, ganhando a confiança do Sultão.


             O Harém,, aquele mundo que se acreditava fora do mundo se revela ao invés disso o centro nevrálgico do Império, o lugar onde vinha a se estabelecer a política que influenciava todo o reino. Existia um jogo de poder enorme, ilimitado, e isso naturalmente criava inveja,ciúmes.


             Ao redor de cada Kadin, orbitava uma corte de criadas, e entre elas frequentemente se desencadeavam pequenas e grandes guerras, que não raramente envolviam também os eunucos, e se degeneravam em agressões violentas: das deformações provocadas por veneno, até abortos provocados e homicídios.


            Ao contrário do que se crê, o Palácio não era trancado, podiam sim sair com a cabeça descoberta depois de oito anos, levando como única lembrança um colar com uma inscrição na parte interna testemunhando que haviam pertencido ao Harém e haviam conquistado sua liberdade.

             Quem saia encontrava fora um futuro brilhante, pois sua instrução e as capacidades refinadas no Harém lhes asseguravam um casamento importante.


             Mas nenhuma delas esquecia seu passado e todas, na hora da morte, pediam para serem sepultadas com aquele colar.


             O fascínio do Harém tem algo de mágico que encanta mesmo a uma distância secular. Os tecidos decorados com arabescos dourados, os samovares, os incensários, as imaculadas cortinas esvoaçantes, os narguilés. Sem falar na atmosfera de cumplicidade, tensão erótica e sedução ainda acendem nossa imaginação.


(texto do diretor de cinema turco Ferzan Ozpetek, quando do lançamento do seu filme Harem Suare, sobre um dos haréms do último império da Turquia).

Transcrito do Jornal Carta do Líbano-  de Fuad Naime.


sexta-feira, 16 de março de 2012