quarta-feira, 30 de julho de 2008

Uma palavra para vocês...

Todos os anos nós realizamos no NUAAR dois encontros para explorarmos a criatividade, eu denomino como sarau, pois tanto em um quanto no outro são permitidas intervenções por parte de quem quer que seja. Porém, o primeiro encontro é somente para as alunas-bailarinas, que vão expor seus trabalhos, suas pesquisas e compartilhar com suas colegas quais as lições significativas para elas neste ano. O segundo encontro conta com a participação de nossos convidados, ou como todas nós gostamos de chamar carinhosamente de “queridos”, que são pessoas que fazem parte da nossa vida, nos apóiam e nos amam. Desta forma vamos conseguindo ampliar a nossa capacidade de compartilhar o que há de mais profundo, ou importante para nós neste momento, e vamos alimentando a segurança e a auto-estima, passo-a-passo através da amorosidade, até que possamos chegar a expor nossas idéias criativas e nossa essência feminina com mais clareza e conforto para um espaço mais amplo em nossas vidas.
O que eu considero realmente importante é o processo de desenvolvimento para chegarmos ao sarau em si. Este é realmente um momento fértil, onde além de expormos nossas idéias mais mirabolantes, também surgem os receios, as angústias, os medos, as críticas e muitas vezes a falta de amor próprio, e neste espaço que eu denomino de “Ventre Mitológico”, está a nossa possibilidade de entrarmos em contato com essas e outras questões que possam surgir, com o intuito de transformar essas limitações através da arte e mais precisamente da prática da dança.
Muitas vezes as alunas que estão em processo terapêutico neste momento, conseguem avanços importantes na sua individualidade, mas mesmo as que não estão, a arte é sutil e atua de forma cinestésica e estésica, possibilitando que a medida em que a psique desta aluna esteja mais madura, ela acessará naturalmente este conhecimento tornando-o um saber para si mesma.
Dentre as infinidades de sensações e sentimentos que surgem neste “Ventre Mitológico”, o grande desafio que sinto que algumas mulheres devem superar, é a crença de que não conseguirão fazer o movimento, ou que já passaram da idade de fazer tal coisa, pois sempre podemos fazê-las, o importante é “como fazemos”. Podemos fazer um determinado movimento de diversas maneiras diferentes. Temos que experimentar, voltar a nossa atenção para nós mesmas e para o que estamos fazendo, usar as nossas limitações como ferramentas para alcançarmos o que desejamos, descobrindo novas possibilidades, é aqui que entra a nossa criança curiosa, que tem sede de descobrir o que existe atrás daquele véu, é tentarmos.
Não existe erro nem acerto, existem apenas as diversas possibilidades criativas de fazer algo. Aquela frase clichê que sempre ouvimos: “Temos que renascer das cinzas” pode nos parecer engraçado, mas essa qualidade está intrínseca na dança oriental todo o tempo, pois ela está sempre nos mostrando a qualidade efêmera da vida e que sempre irá acontecer uma morte, mesmo que simbólica, de onde teremos que renascer das cinzas de nós mesmas para uma nova fase em nossa vida, em nossa psique, em nossos aprendizados etc. Mas quando achamos que esgotamos o assunto, que não vamos mais tirar leite dali, é que há a possibilidade de algo novo surgir. A dança é milenar, novo é o olhar que lançamos sobre ela, cada vez que esgotamos uma possibilidade. Após a pausa, ela re-surge em outra possibilidade, ou podemos dizer em outro entendimento.
Por incrível que pareça, apesar de estarmos no século vinte e um, ainda esperamos aprovação do professor, se podemos errar ou não, se está certo ou não, sinto que cada vez mais precisamos desenvolver a capacidade de auto percepção, análise, indagação e reflexão sobre o que estamos fazendo, como estamos fazendo. Sem isso fica difícil apenas pela repetição mecânica do movimento chegar a corrigir nossos padrões de movimento e ou posturais, caso não sejam adequados ao nosso bem estar, e também não se atinjam as qualidades criativas que todo o ser humano tem como potencial latente. É necessário que haja uma pausa fisiológica, pois a repetição mecânica dos movimentos impede a conscientização e incorporação do próprio movimento, e sem esta incorporação fica impossível saborear o conhecimento e sem saboreá-lo não há possibilidade de torná-lo um “saber”. Num próximo momento contarei como a minha experiência e também a de algumas alunas, com o Método de Educação Somática de Moshe Feldenkrais aplicado à dança, nos abriu uma nova visão de como podemos flexibilizar um antigo condicionamento de que, temos que ser perfeitas, não podemos errar. E como foi possível vivenciar esta experiência em um dos nossos saraus.
Um beijo a todos e sejam bem vindos ao cardápio deste blog saboreando uma linda frase de Isadora Duncan:
“...Uma dançarina, se for grande, pode dar algo às pessoas, que elas levarão consigo para sempre. Nunca a poderão esquecer, e aquilo as transformou, embora talvez não saibam disso...”

terça-feira, 29 de julho de 2008

Próximo Curso - Massagem Ayurvédica

Olá, queridos e queridas!
Vamos promover mais um curso bacana no espaço NUAAR. As informações estão abaixo, basta clicar na imagem que ela se abrirá num tamanho maior.

Fazendo uma correção, somente o horário não está correto no cartaz. Anote aí esta informação: início 23 de agosto, das 13:30h às 17:30h.
Um grande abraço a todos


quarta-feira, 2 de julho de 2008

Histórias Terapêuticas - com Bernadete Pacheco

Olá, leitoras e leitores!
Temos uma divulgação muito legal a fazer sobre um curso da colega, amiga e psicóloga Bernadete Pacheco. As informações seguem abaixo. Para uma melhor visualização, basta clicar sobre a imagem que ela será aberta num tamanho maior.
Um grande beijo para todos.


segunda-feira, 9 de junho de 2008

Massagem Ayurvédica

Olá meninas!

Vamos realizar no espaço um curso livre de massagem ayurvédica com a terapeuta corporal Jaqueline Ortiz. O curso é dividido em dois módulos,o primeiro módulo será dias 21 e 22 de junho, sábado e domingo das 9h30 às 17h30. As inscrições serão feitas até dia 17 de junho.

O investimento para os dois módulos é de R$530,00, podendo ser dividido em duas vezes.A inscrição custa R$50,00, que deve ser depositado na conta de Jaqueline Ortiz Guerreiro até 17 de junho (vide fim da postagem).
Não se esqueçam de trazer o comprovante de depósito no dia do curso!
A data do segundo módulo será definida junto com os participantes no primeiro módulo.

Jaqueline Ortiz Guerreiro é terapeuta holística, arte-educadora, com formação em expressão corporal e teatro. Desenvolve um trabalho terapeutico baseado na massagem psicobioenergética, incorporando em seu trabalho diversas técnicas corporais, dentre elas a massagem ayurvédica.

A massagem ayurvédica faz parte de um sistema holístico de medicina que se desenvolveu na Índia há mais de 5000 anos. Trata-se de uma vigorosa massagem que conta com técnicas de deslizamentos, trações e alongamentos e tem como objetivos principais o realinhamento postural, reequilíbrio do metabolismo, aumento da capacidade respiratória, equilíbrio da circulação e pressão arterial, relaxamento muscular e tratamento de tensões no corpo físico e emocional. Essa vigorosa massagem promove o realinhamento energético do organismo através do sistema dos chakras e tem efeito anti-estresse e antidepressivo.

Conta para depósito:
Banco Bradesco
Agência: 393-0
C/C: 81762-7

domingo, 1 de junho de 2008

VESAK


Na noite do dia 21 de maio, nos reunimos para uma celebração muito especial, o Vesak.
Trata-se de um festival que acontece anualmente na região de Vesak, próximo ao Himalaia, onde as pessoas se reúnem para comemorar a iluminação de Buda. Conta-se que Buda peregrinava em busca de luz e sabedoria. Cansado, ele se senta embaixo de uma figueira. Neste mesmo instante, a Lua se preparava para entrar no signo de Escorpião. Através dessa conjunção astrológica, o Buda Gautama se iluminou.
Essa comemoração do Vesak é sempre feita pelos povos do Oriente no momento em que a Lua entra em Escorpião, pois eles acreditam que neste momento Buda desce à Terra e abençoa as pessoas. Essa benção perdura até o próximo festival.
Para essa celebração, nós estivemos na casa de uma de nossas alunas-bailarinas, Deborah Klein – chef de cozinha - que nos prestigiou com sua magnífica culinária. Era uma noite fria que contou com fogueira à luz da lua. À beira da fogueira, ao sabor de caldos e chás quentes, fizemos nossos pedidos de bênçãos.

Que Buda nos ilumine até o próximo ano!
Para quem quiser saber mais, copiamos o link que a Miriam - a moderadora do blog "As Lobas de Atibaia" - deixou no blog do grupo: http://www.salves.com.br/vesak.htm

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Para ler e pensar - Khalil Gibran

Em homenagem a todas nós que usamos a música como terapia para o corpo e para a alma. Para nós que a usamos para dar graça aos nossos movimentos. Para nós, amantes da música e da dança, fica aqui uma poesia de Khalil Gibran, poeta que já contribuiu com sua arte para a composição de "O Jardim Perfumado".
Divina Música!

Filha da Alma e do Amor.
Cálice da amargurae do Amor.
Sonho do coração humano,fruto da tristeza.
Flor da alegria, fragrânciae desabrochar dos sentimentos.
Linguagem dos amantes,confidenciadora de segredos.
Mãe das lágrimas do amor oculto.
Inspiradora de poetas, de compositorese dos grandes realizadores.
Unidade de pensamento dentro dos fragmentosdas palavras.
Criadora do amor que se origina da beleza.
Vinho do coraçãoque exulta num mundo de sonhos.
Encorajadora dos guerreiros,fortalecedora das almas.
Oceano de perdão e mar de ternura.
Ó música.
Em tuas profundezasdepositamos nossos corações e almas.
Tu nos ensinaste a ver com os ouvidose a ouvir com os corações.

domingo, 18 de maio de 2008

O Jardim Perfumado


A última apresentação de "O Jardim Perfumado" aconteceu em 01 de dezembro de 2007. Em forma de sarau, o grupo de bailarinas-alunas reuniu-se para dançar e confraternizar.

Baseado em textos de Khalil Gibran, a performance “O Jardim Perfumado” trata da essência dos sentimentos femininos – como a dor, o prazer, a paixão, a razão, o amor, etc. – e mostra as diversas fases da mulher, que, como uma flor, cresce, desabrocha até exalar o seu mais precioso perfume, refazendo novamente esse ciclo em outras etapas de sua vida. Ela também fala sobre a beleza e o encanto que estão contidos em cada fase da vida da mulher.

O objetivo dela é realizar uma apresentação de dança com o intuito de mesclar elementos da dança oriental e da linguagem das danças do ocidente e mostrar a beleza que há em cada fase da vida da mulher e os diferentes aspectos sócio-culturais em que está inserida. Vinculado ao objetivo principal, busca-se também o autoconhecimento e o exercício da criatividade, da expressão e da flexibilização dos condicionamentos de todos os participantes.

Paralelamente, procura-se, além de sensibilizar o público (em especial às mulheres) para uma reflexão sobre as diferenças sócio-culturais do universo feminino, observar quais são os condicionamentos que impedem cada um de perceber a beleza em cada fase de sua vida.

De formato atemporal e multicultural, a apresentação é dirigida por Claudia Parolin.
Abaixo você poderá assistir a uma coletânea de fotos feitas na última apresentação do sarau.